

A confiança em governos tem atingido o seu índice mais baixo graças à má gestão das medidas contra a COVID-19. Isso abre uma oportunidade para não apenas reformar instituições falidas, como também para construir novas com um grau maior de responsabilidade. Neste novo ambiente dinâmico, o conceito de Cidades Privadas popularizado por Titus Gebel está ganhando notoriedade.
Cidades Privadas são zonas econômicas especiais que caracterizam um novo tipo de construção de cidade e governo como provedor de serviço adequado para o século XXI. Assim, cidadãos são essencialmente clientes que assinam um contrato com o governo para que ele proveja serviços básicos.
Ao criar uma Cidade Privada em suas fronteiras, um país anfitrião recebe o investimento necessário e a infraestrutura. Em troca por ceder espaço à operação de uma região do tipo, ela também provê investimentos específicos ou recursos para as regiões ao redor.
Além disso, o governo do país anfitrião ganha um fluxo de receita sem nenhum esforço: o operador da cidade fornece os serviços e a infraestrutura.
O empreendedor que quiser negociar regionalmente ou globalmente com limitações mínimas e sob impostos razoáveis vai ser capaz de colocar mais tempo, energia e capital em seus negócios. Logo, isso vai resultar em um ambiente favorável para ele e para o inovador, o que beneficia a sociedade como um todo.
Os trabalhadores que vierem para esses locais encontrarão bons empregos, boas condições de trabalho e mais oportunidades para empreender e inovar.
Por conta do conceito de governo como serviço, esses trabalhadores estarão mais empoderados e terão uma representação verdadeira. Isso ocorreria por meio de um livre mercado que protege a liberdade individual e oferece oportunidade igual para todos.
Mas, o ambiente também vai se beneficiar com isso. Começando uma cidade do zero, todas as últimas inovações e tecnologias ambientais sensíveis às mudanças climáticas podem ser usadas.
Começar assim é mais barato do que readaptar cidades existentes. Uma cidade dessas pode ser construída de maneira inteligente, para ser neutra em emissões de carbono, por exemplo. Sem a necessidade de uma ruptura massiva de hábitos e de uma maneira verdadeiramente efetiva.
Se a ideia de começar uma dessas cidades no meio de uma pandemia parece assustadora, considere o seguinte:
Portanto, o operador é o especialista em fornecer a infraestrutura, planejamento e design urbano. Bem como, negócios, contratos comerciais e mediação, entre outros serviços essenciais que servem aos clientes de suas cidades.
Mas a interação entre trabalhadores, residentes, empreendedores, investidores, nação anfitriã e vários outros negócios ou entidades é levada de maneira muito mais orgânica e natural, adequada para o século XXI.
Por fim, é possível dizer que uma Cidade Privada está para o urbanismo como a SpaceX está para a exploração espacial. Afinal, antes da SpaceX, apenas governos iam ao espaço. Portanto, não é possível também continuar afirmando que apenas governos conseguem construir novas cidades.
William R. Collier é presidente do The Capitalist League
Traduzido por Pedro Bufulin e revisado por Rafael Leandro.
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