

Anualmente, o Banco Mundial divulga o Doing Business, o ranking de facilidade em se fazer negócios do mundo e, consequentemente, de gerar riqueza nos países. Na última edição, divulgada nesta quinta-feira (24), o Brasil caiu da 109ª posição para o 124ª lugar.
Aqui está um resumo do que melhoramos comparativamente e dos aspectos em que o país piorou no que tange a capacidade de gerar riqueza e de incetivo ao empreendedorismo.
Na prática, uma empresa no Brasil gasta, em média, 1501 horas apenas para pagar impostos. Não à toa, nenhum outro lugar do mundo registra tamanho manicômio tributário.
Inclusive, as empresas da Bolívia, 2º país com maior complexidade tributária no ranking, gasta um terço a menos do que aqui.
Dessa forma, a consequência é que ao invés de se investir em inovação, competitividade e baratear produtos, é preciso contratar um exército de advogados e contadores, cuja responsabilidade é fazer planejamentos tributários e elisão fiscal. Bem como, calcular a quantidade de tributos que a receita exigirá da empresa.
Assim, o resultado prático é perda de competitividade e afastar investimentos. À exceção de Bolívia, Venezuela e Equador, nenhum outro país sul-americano gasta mais do que 400 horas para se pagar impostos.
Por fim, tramita no Congresso Nacional diferentes propostas de reforma tributária, a fim de atacar essa questão. Porém, segundo o Ministro da Economia Paulo Guedes, o governo deve priorizar neste momento outras questões, como a reforma administrativa.
*Luan Sperandio é Diretor de Conteúdo do Ideias Radicais
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